Cata-ventos Lunares: julho 2011

Tudo o que você queria saber, cheia de julho de 2011.

Á quem quero demonstrar repudio:

Ouça me bem. Ponho força em cada poro que respira, para soprar-te longe de mim. De nada serve, seguirás aí, sentado, repassando ordens, que nem te questionas de onde surgiram. Sabes apenas desse tal papel de cumprir ordens.

Eu não quero cumprir essas ordens, se é que me faço entender. A vida não me permite. Pois para mim viver não tem permissão. Nem papel, nem horário, nem regulamentos vindouros de tipos como tu. Estás encerrado dentro de uma caixa, e creês que me és uma referência?

Das duas uma, ou eu estou loca nessa idéia de desobediência à morte, ou tu, não encontrou respostas de perguntas que estão em ti. Tua obediência cega, de mãos armadas, eu tenho os olhos abertos e sonhando, de mãos abertas.

Minhas armas são feitiços. Vontade de construir junto. Se justo, ou não, já não sei medir, tenho demasiados motivos pra repudiar tua falta de compreensão humana, e viver atrás do que não ves.

Caminho à noite, muitos sentem frio, outros tantos mortos. Mas claro que isso não te importa, não há saídas, não é? Não há espaço para todos, é o que irás justificar.

Desse teto goteia. Dessa janela o ar entra. Desse corpo, somente entrega.

Que tua morte (dessas leis) seja breve.

Me vigias onde não estou.

Estou em mim.

Lilith Rubim