Cata-ventos Lunares: junho 2007

Coração tranqüilo, quase-crescente de junho de 2007.

Caro Outro-além-mim

Preciso de ti, mas não é possuir, se assim puderes me entender. Preciso por uma questão de ar e movimento. É muita gente, bem sei, às vezes isso também provoca falta, mas entenda, preciso de ti.

Te considero além de mim, mas não é tão simples assim, tem o olho que bate em tua pele e volta. Por isso nada é tão fora, e nem tão dentro. Por isso... definir não traz respostas.

Hoje acordei e senti que parte desse meu outro se foi. Daí li uma antiga carta que dizia "mas há o que fazer! E fazemos! Nós, humanos, inventamos! Graças a isso somos livres, ou antes, é nisso que somos livres. Ter liberdade não é ter escolhas, mas inventar." então sorri, e me excitei com a ousadia do despertar.

Caro outro-além-de-mim, tantas possibilidades, tantas... vamos brincar de dizer, revolver, dizer metade do que posso e reinventar.

Foi um sonho bom. Não me incomoda tanto a bagunça, não tenho mais medo do que será, apenas sei que será diferente, e isso me conforta. E não importa a lonjura, estaremos sempre no mesmo lugar.
Assim breve, me despeço

Abraço

Eliane