Costura, Nova de Maio de 2010.
Centro da Terra:
Montei um ponto fixo. Anti-cismico. Apesar de saber da tua força de deseixo.
O corpo busca um desiquilibrio calculado. Eu tento, mas às vezes comunicar pelo teatro me soa falso.
A vida se dá em colcha de retalhos, dos quais, na maior parte do tempo, quebro cabeça tentando uni-los. E aí, quando vejo, ou melhor, quando relaxo e provoco meu próprio desiquilibrio (se é que posso chamar desiquilibrio o ato de atirar-me à corrente de acontecimentos), os pedaços se unem, e formam figura, capas, cascas, terra rejuvenescida.
"Para sempre jovens", é um pedaço de meu irmáo que sempre terei. Tenho a costura em máos outra vez, crio meu próprio caos de pedaços.
A única verdade que possuo agora, sáo as linhas que traço. Confio no tempo, pois ele se abre em trilhas renovadas.
Encontrei sossego no lar para criar, e acompanhar as novidades de fora.
Meu eixo sáo as linhas que dançam, e náo se fecham. Mas se encontram.
Qual é o teu?
Ainda durmo escutando o pulsar do teu coraçáo.
Da tua
Eliane
2 comentários:
"Preferi a melancolia que espera e que aspira e que busca, àquela que embota e, estagnada, desespera." Vincent van Gogh
Saudadeeees
;**
Uma colcha de retalhos, onde todos os pedaços são importantes, não existem melhores, precisamos de todos para ter a colcha por inteiro...
Andava com pensamento justamente sobre isso, e tendo como metáfora a colcha de retalhos... diga-me então se os amigos não tem uma sintonia filha-da-puta?
hahaha
saudadeee! Por onde tu anda que não dá mais sinal de vida???
beijo da nega
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