Desvio, Crescente de Outubro de 2008.
às flores do esgoto:
sei de tudo. do ir e do vir... dessa eterna maré de cios e clios e ciclos intermináveis de rasgos, desencontros, fissuras, amores.
sei tudo.
as paisagens de cavalos selvagens. nossas pernas quebradas por buracos negros. meu corpo cansado e pesado. mas o ar entra direto. sem vias, sem cruzes e tubos de respiração. o ar me invade o peito: limpo e pleno.
as flores do esgoto
todo mal-ar. sei de tudo. o olhar ganha desvio na água. ora verde, azul, branca. depende do sol, do vento, depende da maré.
as flores do esgoto são pegajosas. se agarram aos meus pés que em ciclos passeiam.
é doce pestanejar em espaço aberto.
da sua
lili.
lili.
2 comentários:
Lilith querida, linda e crua.
Geralmente sem máscara alguma(apenas as camadas de cores nos momentos de se fazer outro, temporário, e divertido).
Eu me choco algumas vezes com a tua verdade, tu sabes.
Mas cada momento que temos tido e trocado, cada tempo que passa, é um tempo que te entendo mais.
Tô com saudade de vcs.
Baixei uns filminhos da Mafalda.
Os novos ventos anunciam em vias não muito confiáveis que bom tempo virá, será?
beijo
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