Cata-ventos Lunares: Outras cores, nova de abril de 2008.

Outras cores, nova de abril de 2008.

Meu amor por perto:

Não entendo muito bem como se dão os desencontros, muito menos as certezas de encontros, reencontros e desapegos.

A noite tem vezes que parece um vírus, olho pro lado e já não estamos mais ali. Abro os olhos, estou na mesma cama. Saõ outras cores. Os dias escuros estão de volta.

Eu era uma vagina com dentes, me pediu uma mordida. Depois que soltei sua pele, notei marcas de dentes largos e redondos, como aqueles que noite (outra) dessas sonhei. Era um sorriso branco de dentes grandes (todos) e arredondados. Era algo belo de ver.

Eu o mordi, mas penso que foi algo com veneno, como uma picada, pois assim que ele sentiu, olhei pro lado, e não estavamos mais lá. A distância se deu para o acaso. Isso parece se repetir.

Meu caro, não é estranhamento, o que sinto, é certeza que a vida secou em pó, e agora resta areia entre meus dedos que suam.
Quero barro para criar outros dias.

Bem longe, me despeço

Eliane

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